sexta-feira, 13 de março de 2009

O SEGUNDO PIOR CÃO DO MUNDO

Falando em cães, abaixo vocês vão poder ver uma matéria da revista Superinteressante do mês de março com um caso parecido ao filme. Vale a pena ler. Aqui vocês podem fazer isso e ainda economizar quase dez reais.



Tucky,O cão assassino

Tucky deve ter sido o pior cachorro que passou pela face da Terra. No mínimo, foi o mais barulhento: ele latia um latido agudo sempre que eu chegava de uma noitada, ou que uma visita passava pela porta da sala. Perdi a conta das vezes que me mordeu o dedo - porque era mordendo que ele respondia ao cafuné que eu fazia para agra-Io. Meus amigos o apelidaram de Chucky, injustiça com o Brinquedo Assassino, nem de longe tão agressivo quanto nosso poodle toy. Tucky também era um animal inteligente. A ponto de saber que não deveria fazer xixi pela
casa e fazer mesmo assim, só para provocar. Era comum deitar para dormir e sentir um cheiro estranho no meu travesseiro. Xixi. Certa vez, encontrei montinhos em cima do colchão. Cocô. E então um dia aconteceu de o Tucky morrer. Foi em grande estilo: deu seu último suspiro enquanto toda a família estava à mesa para o jantar de sexta-feira. Minha irmã encontrou o defunto quando se levantou para ir ao banheiro. Foi um dos dias mais tristes da história lá de casa. O pessoal chorou de verdade eu inclusive. Porque com o Tucky não tinha esse papo de ser o melhor amigo do
homem. Todos s sabíamos que ele era um de nós, membro integral da família. O que senamos era amor incondicional, desses que sobrevivem a qualquer obsculo. E amor assim a gente só entrega aos familiares. Fosse o Tucky um amigo, eu já teria deixado de ligar para ele há anos. Ir ao enterro? Sem chance. Isso para não falar nos outros animais que dividiram a casa conosco. Odia que nossos periquitos "fugiram" foi igual a qualquer outro. O peixinho foi parar no lixo menos de 5 minutos as deixar este mundo, e ninguém derramou uma lágrima. Os jabutis, eu não sei que fim levaram. Mas a morte do Tucky foi diferente. Para a família, ela é nosso 11 de Setembro, nossa morte do Tancredo, nossa chegada à Lua. O dia que jamais esqueceremos. Tudo isso por um cachorro que mordia quem tentava lhe fazer cafuné. Um abraço.
Sérgio Gwercman






quarta-feira, 11 de março de 2009

O PIOR CÃO DO MUNDO

Esta semana assisti Marley e Eu, a adaptação do Best seller com o mesmo nome. Achei um ótimo filme, apesar de ter ido assistir com alguns receios. O que acontece é que depois de passar décadas assistindo filmes sobre bichinhos na Sessão da Tarde, parece que todos eles são iguais. Por isso gostaria de aproveitar o momento para dizer algumas coisas sobre o filme para que todos possam assistir sem medo. Primeiro, Marley e Eu não é um filme infantil. Apesar do numero de crianças que lotam as salas de exibição, esse filme diverte a todas as idades. Segundo, o filme não tenta forçar a barra, colocando o cachorro como autor de coisas inacreditáveis; quem já teve um cachorro provavelmente passou por situações parecidas. E terceiro, os personagens humanos são valorizados. Eles não são mal humorados sempre gritando (igual aos filmes clássicos; exemplo: bethoooveeeeeen ou Aaaaaaaaavinnnnn). Eles são engraçados e inteligentes, personagens que podemos nos identificar.
O filme conta a história de John e Jenny, um casal jovem e apaixonado,que acabaou de se casar. Jenny tem passos definidos com relação a sua vida. Depois de se casar o próximo passo parecia óbvio: ter filhos. John, não compartilhando desse desejo, resolve dar a ela um mascote. Vão a uma fazenda, escolhem Marley. A vida daquela família nunca mais seria a mesma.

Marley rapidamente cresceu e se tornou um gigantesco e atrapalhado labrador de 44 kg, um cão como nenhum outro. Ele arrebentava portas por medo de trovões, rompia paredes de compensado, babava nas visitas, apanhava roupas de varais vizinhos e comia praticamente tudo que via pela frente, incluindo tecidos de sofás e jóias.

Apesar das confusões, o filme mostra a lealdade que um cão tem aos seus donos. Marley era capaz de entender os sentimentos humanos: demonstrava alegria e tristeza, de acordo com os sentimentos de seus donos. Seu coração era puro, sempre conquistando corações ao mesmo tempo em que bagunçava a vida de todo mundo. Assim, John e Jenny aprenderam que o amor incondicional pode vir de várias maneiras.


Ficha Técnica
Marley e Eu (Marley & Me, 2008)
Gênero: Drama - Comédia
Duração: 123 min
Origem: EUA
Estréia - EUA-Brasil: 25 de Dezembro de 2008
Estúdio: 20th Century Fox
Direção: David Frankel
Roteiro: Scott Frank
Produção: Karen Rosenfelt, Gil Netter

Elenco:
Haley Bennett (Lisa)
Owen Wilson (John Grogan)
Jennifer Aniston (Jennifer Grogan)
Nathan Gamble (Patrick)
Kathleen Turner (Sra. Kornblut)
Sarah O´Kelly (Vizinha)


segunda-feira, 9 de março de 2009

A ARTE EM CONFLITO COM A MORAL

Os primórdios da arte foi marcada por uma única busca: a beleza. Não importa o tipo de arte, nem seu autor, tudo se baseava em mostrar algo próximo a perfeição da beleza. Mas esses dias estavam contados.


Com o surgimento da arte moderna, uma pergunta inquietante dominou a mente de todos: o que é belo? A partir daí, a própria idéia de beleza (na verdade aquela beleza estabelecida na antiguidade) casou aversão a todos os artistas. Eles mudaram seus conceitos. Eles não queriam nos emocionar, queriam nos fazer raciocinar; não queriam nos deleitar, queriam nos chocar. Surge então o atrito entre arte e sociedade. Falemos agora sobre um dos artistas que mais causaram confusão (no bom sentido da palavra): Robert Mapplethorpe.

Ele queria ser, na verdade, um artista plástico. Mas encontrou na fotografia a maneira perfeita para expressar suas inquietações artísticas. Logo suas inquietações se tornaram as inquietações da América. Suas fotografias de composições clássicas e sofisticadas, suas naturezas mortas refinadas e suas imagens da sexualidade explícita do universo sadomasoquista, despertaram tanto a idolatria quanto a fúria da sociedade norte-americana. Robert Mapplethorpe foi um dos aristas que mais causou polêmicas nos anos 80. Desde sua morte, suas fotografias foram varias vezes denunciadas no Senado Norte Americano, provocando processos e julgamentos em torno de obscenidade e pornografia.

No entanto sua popularidade é incontestável. A exposição desse polêmico fotógrafo norte-americano, com 209 retratos, auto-retratos e cenas de sadomasoquismo homossexual, em abril de 1997, foi a terceira mais visitada da história do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Desde a sua estréia, a exposição recebeu cerca de 25 mil visitantes, quase o dobro do público de 14 mil pessoas da mostra do pintor brasileiro Cândido Portinari, um dos mais populares do país, em 1996. Abaixo há alguma de suas fotos.