segunda-feira, 9 de março de 2009

A ARTE EM CONFLITO COM A MORAL

Os primórdios da arte foi marcada por uma única busca: a beleza. Não importa o tipo de arte, nem seu autor, tudo se baseava em mostrar algo próximo a perfeição da beleza. Mas esses dias estavam contados.


Com o surgimento da arte moderna, uma pergunta inquietante dominou a mente de todos: o que é belo? A partir daí, a própria idéia de beleza (na verdade aquela beleza estabelecida na antiguidade) casou aversão a todos os artistas. Eles mudaram seus conceitos. Eles não queriam nos emocionar, queriam nos fazer raciocinar; não queriam nos deleitar, queriam nos chocar. Surge então o atrito entre arte e sociedade. Falemos agora sobre um dos artistas que mais causaram confusão (no bom sentido da palavra): Robert Mapplethorpe.

Ele queria ser, na verdade, um artista plástico. Mas encontrou na fotografia a maneira perfeita para expressar suas inquietações artísticas. Logo suas inquietações se tornaram as inquietações da América. Suas fotografias de composições clássicas e sofisticadas, suas naturezas mortas refinadas e suas imagens da sexualidade explícita do universo sadomasoquista, despertaram tanto a idolatria quanto a fúria da sociedade norte-americana. Robert Mapplethorpe foi um dos aristas que mais causou polêmicas nos anos 80. Desde sua morte, suas fotografias foram varias vezes denunciadas no Senado Norte Americano, provocando processos e julgamentos em torno de obscenidade e pornografia.

No entanto sua popularidade é incontestável. A exposição desse polêmico fotógrafo norte-americano, com 209 retratos, auto-retratos e cenas de sadomasoquismo homossexual, em abril de 1997, foi a terceira mais visitada da história do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Desde a sua estréia, a exposição recebeu cerca de 25 mil visitantes, quase o dobro do público de 14 mil pessoas da mostra do pintor brasileiro Cândido Portinari, um dos mais populares do país, em 1996. Abaixo há alguma de suas fotos.

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