sexta-feira, 30 de abril de 2010

UM OLHAR INSUBORDINADO

Na década de 20, um rapaz que estudava com jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ foi expulso por "insubordinação mental". Não sabemos o que ele pensou na época para receber punição, mas sabemos que logo seus pensamentos ganharam o Brasil e o mundo. Falamos aqui de Carlos Drummond de Andrade.
Nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902, Carlos Drummond de Andrade era de uma família de fazendeiros em decadência. Começou a carreira de escritor em Belo Horizonte, como colaborador do Diário de Minas. Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925, mas nunca exerceu a profissão.
Saído diretamente do forno do movimento modernista literário (que existiu no início do século XX com o objetivo de romper com o tradicionalismo), Carlos Drummond de Andrade é o primeiro grande poeta pós-movimento modernista e um dos mais importantes poetas brasileiros. Seu livro Alguma Poesia de 1930 marca o início da segunda fase poética do Modernismo. Seus poemas abordam assuntos do dia a dia, e contam com uma boa dose de pessimismo e ironia diante da vida. Em suas obras, há ainda uma permanente ligação com o meio e obras politizadas. Os principais temas retratados nas poesias de Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra natal. Além das poesias, escreveu diversas crônicas e contos.

A partir da próxima semana, O ESPAÇO DAS ARTES fará uma série com algumas crônicas que Carlos Drummond de Andrade escreveu para o Jornal do Brasil. Ainda que essas crônicas tenham os seus 30 anos, elas ainda oferecem ao leitor de, forma bem humorada, as reflexões e emoções do cotidiano.

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